Por dentro do SPFW (14 de junho)

O segundo dia de desfiles do SPFW contou com a participação das seguintes marcas: Reinaldo Lourenço, Movimento, Alexandre Herchcovitch (feminino), Cori, Iódice, Jefferson Kulig e Triton.

Muito romance e pitadas futuristicas foram os destaques do dia. Confiram:

1) Reinaldo Lourenço: inspirada em Elizabeth Taylor, a marca trouxe uma pitada rock mesclada ao glamour dos anos 50 e reverenciou o brilho dos diamantes. O verão de Reinaldo Lourenço celebra a elegância em forma longilíneas que valorizam o dorso do corpo. A alfaiataria impecável brinca com a cigarette e com vestes em estruturas de corselet mixadas a transparências generosas. Os ombros também ganham destaque por meio do uso de ombreiras. Linda a série de vestidos longos - ora longilíneos ora amplos - em faixas de couro e tecido que criavam efeito de listras ou em recortes inspirados na lapidação dos diamantes, tudo misturado a brilho. Nos tecidos, cetins, gabardines, algodões, couro e organza em cores como rosa, esmeralda, azul, lilás, preto e off-white.

2) Movimento: inspirada nos movimentos das cores, a marca fechou perceria exclusiva com o artista plástico George Barbosa, celebrado no meio cultural de Pernambuco, desfilando peças com estampas pintadas a mão. Com modelagens bem democráticas, o destaque ficou por conta das calcinhas mais altas com ar vintage, combinadas com tops em tecido ou peças de beachwear. Ponto para os maiôs com espécies de sainhas e para os modelos com fendas e cavas generosas ou recortes arredondados. Já na estamparia, imagens de pinceladas, passáros, flores em traços delicados e brincadeiras de listras com construções rementendo à cestaria. Para a roupa pós-praia, contraposição de leveza e fluidez a shapes mais encorpados, em linho ou piquet. Bonito também as cinturas altas, marcadas por cintos largos, e as bolsas e shopping bags em tecidos com imagens da coleção e trabalhos em palha.

3) Alexandre Herchcovitch (feminino): a grife apresentou uma coleção bem feminina, delicada e sofisticada. As peças surgiram em tecidos com ar vintage e silhuetas elaboradas, que remetem aos anos, 40, 50 e 60. Há também superfícies com cortes e construções que lembram o avesso da roupa, inclusive com detalhes em corte a fio. Lindo o trabalho de simulação que o designer fez, com vestidos em recortes que lembram combinações com camisas e calças em cortes tipo bermudas. Os vestidos em linha reta trazem cinturas marcadas, brincadeiras com faixas e nós e um primoroso e minucioso trabalho de bordados de flores, em cristais e guipires. A riqueza das matérias–primas também impressiona, como seda com algodão, malhas e outros tecidos nobres. Pontos também para as linhas de bodys tipo corselet combinados às saias evasês com pregas diagonais. Nas cores, tudo muito suave e glamouroso, em rosa, baunilha, bege e azul-claro pontuados por preto e vermelho.

4) Cori: a coleção, assinada pelas designers Andrea Ribeiro e Gisele Nasser, foi inspirada no universo do tênis, resultando num verão com imagens minimalistras, urbanas e levemente gráficas, em cores como off-white, nude, preto, vermelho, turquesa e verde-limão. A alfaiataria brinca com o comprimento dos blazers, do mais curto e quadrado ao mais longo e boyfriend. Eles aparecem acompanhados de calças secas, curtas e com pregas, num mix de fibras naturais e tecnológicas, na qual o linho e algodão se misturam às viscoses, carregando efeitos plastificados e desenhos em recortes a laser. Nos vestidos contemporâneos, um perfume dos anos 20, com tops mais soltos, cinturas deslocadas, pregas e comprimento longuete. Já os tricôs são levíssimos, em listras e transparências, e as peçcas mais fluidas, como saias e short-saias, ganham fechamento tipo envelope na frente do corpo.

5) Iódice: a coleção foi inspirada na primavera e traz shapes bem democráticos, que vão dos longos e fluidos aos mais ajustatados e curtos, com saias evasês. Já as costas e os ombros se revelam por meio de decotes em V ou recortes geométricos. A alfaitraia é elegante, com calças e macacões com fendas generosas. A combinação de brilho, leveza, movimento e transparência transpira feminilidade, com destaque para as peças em tecidos nobres, malhas de jérsei e jaquard com aplicações de renda guipire. Já a imagem de flores como a orquídea aparece em preto e também numa explosão de cores, de efeito óptico, sobre bases em tons de azuis, branco ou lima.

6) Jefferson Kulig: segundo o designer, para esta temporada, ele buscou “a trama para a forma e a forma para a trama”, o que resultou na passarela em peças com volumes que nascem de pregas estratégicas, com trabalhos de texturas e matérias-primas contrastantes. Destaque para as blusas, casacos e saias em tecidos de borracha high tech, se contrapondo a pontos manuais de tricôs, além de texturas obtidas por meio de técnicas artesanais. Pontos para as calças em alfaiataria, mais secas e em tecidos ultratecnológicos, desenvolvidos por Kulig e batizados de TK-Jacquard. Além das maxi estampas de fotos de tramas ampliadas e de cavalos sobre toda a roupa. Nas cores, muito branco pontuado por preto, prata e lima.

7) Triton: sob o comando da designer Karen Fuke, a marca apresentou a coleção embalada por um tropicalismo chique, com aplicações de penas que se misturam às roupas de ar mais sóbrio, sinalizando um evelhecimento da menina da marca. O melhor da apresentação foram as peças brancas que abriram o desfile, com vestidos, saias e tops transparentes e em jaquard neon com fio de lurex furta-cor. Também se destacaram as blusas e vestidos com ombros derrubados e de formas mais amplas, com estampa tropicalista com tucanos, flamingos, araras, onças e folhagens em tons vibrantes. Na palheta de cores, estão o azul, verde, amarelo, bege, caramelo, branco e vermelho.

Mais um dia com muitas novidades bem legais para o próximo verão!

Até amanhã!

Beijokas,

Raquel