Por dentro do SPFW (13 de junho)

Olá, Meninas!

O primeiro dia de desfiles do SPFW contou com a participação das seguintes marcas: Animale, Tufi Duek, Samuel Cirnansck e Reserva.

Futurismo e Fetichismo abriram a semana da moda paulistana, trazendo muitos contrastes para a passarela. Confiram:

1) Animale:  com inspiração no Sul da França, a marca abriu o evento mostrando na passarela roupas de veraneio sofisticadas, com ênfase na alfaiataria confortável e em vestidos mídi, voltada para uma mulher cheia de atitude, que se joga na balada de Saint-Tropez e acaba brindando o nascer do sol na praia. A estilista Priscila Darolt dirigiu seu olhar para o mar, para o despojamento e para o artesanal, investindo pesado nos tecidos naturais, nos crochês artesanais e nas imagens de flores trabalhadas no recorte dos paetês e nos bordados e aplicações de flores azuis naturais sobre o couro branco, protegidas por um leve película de resina. Lindos os vestidos assimétricos em gaze de seda, os costumes em denim com listras e acabamento lixados e os íncriveis casacos amplos, com ar de maxicamisa com pregas nas costas, combinados com pantalonas com entremeios tranparentes correndo pelo corpo. Nas cores, muito azul, do claro ou poído ao ultramarinho, passando por branco e cinza.

2) Tufi Duek: assinada pelo designer Eduardo Pomba, a coleção foi inspirada na cultura indígena, nos trabalhos de cestaria e na beleza da cerâmica marajoara, traduzidos de maneira sofisticada e contemporânea em roupas minimalistas.Vestidos e tops em couro, linho, algodão e celulose – um tecido japonês feito de papel -, carregam traços geométricos que ganham pitadas de pinturas tribais e contas e aparecerem ora estruturados, ora revelando a pele. Já as calças são mais justas e urbanas, sempre com bocas mais largas. Pontos para os vestidos que ganharam, por meio de tecnologia, trabalho de entrelaçados de palha, com cobertura plástica conferindo brilho a roupa, ou ainda outros em látex, também em babados delicados, numa ode à brasilidade. Nas cores, laranja, preto, verde e urucum.

3) Samuel Cirnansck: a marca voltou a suas origens e, atendendo aos desejos de sua clientela de ateliê, veio com uma coleção totalmente festa, com vestidos que vão dos coquetéis até os longos e barrocos para noivas, com apenas um look composto de body e calça. Todos exalam o fetiche, desejeo, sensualidade, sofisticação e exuberância.A silhueta é bem estruturada, mesclando matérias-primas de diferentes pesos e transparências, com os recortes assimétricos que remetem a estampas. Nos materiais, uma combinação instigante de sedas, rendas, bordados, couro sintético, látex, tafetá e musseline. Nas cores, rosa, amarelo, pele, pó de arroz e off-white pontuados por preto. As modelos entraram na passarela com a boca amordaçada e as noivas com as mãos amarradas atrás, causando burburinhos na platéia.

4) Reserva: com a presença exclusiva do top Marlon Teixeira, a marca, do estilista Rony Meisler, encerrou o primeiro dia de desfiles do SPFW. A grife levou à passarela uma coleção cool e irreverente, inspirada numa divertida e debochada visão de Meisler sobre Cuba. Mesclando a ilha de Castro, uma pitada de militarismo e o mundo do circo, as peças em alfaiataria trazem um perfume caliente, em cores desgastadas, inspiradas na bandeira cubana. Já as calças, têm ganchos bachos, detalhes de megas bolsos ou faixas numa alusão ao figurino do palhaço. O linho e os tecidos de fibras naturais ganham destaque ao lado dos tricôs levíssimos, além da sarja e do denim. Pontos também para as estampas em xadrezes revisitados e as à la camuflagem, desenvolvidas com desenhos de alface, hambúrguer e queijo!

Gostei bastante deste primeiro dia de desfiles, teve muita coisa legal e bastante usável. Espero que tenham gostado também!

Até amanhã com mais novidades fresquinhas!

Beijokas,

Raquel