Olá, Meninas!
As marcas que deram o ar de sua graça no terceiro dia de desfiles do SPFW foram: Cavalera, Gloria Coelho, Mario Queiroz, Huis Clos, Osklen e Colcci.
Celebridades Internacionais foram o destaque do dia. Confiram:
1)
Cavalera: a pintora Frida Kahlo ouvindo Janis Joplin enquanto comemora o Dia dos Mortos, uma das festas mais coloridas e tradicionais do México, em homenagem aos que partiram. Esse é o tema da coleção para o próximo verão da Cavalera, que abriu o terceiro dia do evento, num dos mais belos cenários de São Paulo, ao ar livre, à beira da lagoa, no parque do Ibirapuera. Uma performance com diversos atores, carregando adereços combinados com o logo da marca, abriu alas para a apresentação. Fridas urbanas passeavam em calças justas, com bocas de sino, em denim black ou bem claro, ou com vestidos que mesclam fluidez com bordados exuberantes e bordados encorpados de flores de ar latino. Para os meninos, uma alfaiataria cool, às vezes ampla e confortável, às vezes mais estruturada, com recortes e misturas de cores em tecidos numa alusão a estamparia e texturas de ponchos. A camisetaria, em fusão de imagens da pintora Frida, com caveiras, figuras do rock, flores, pássaros e o logo da Cavalera.
2) Gloria Coelho: a psicodelia espiritual guiou Gloria Coelho para a criação da coleção com uma cartela de cores que passeou pelos anos 1960 com o preto, laranja, amarelo, rosa, roxo, vermelho e, claro, off-white. A presença do esporte deluxe também foi confirmada no verão da marca, com shorts de tricô ultracoloridos sob saias pregueadas. O que mais me chamou atenção? O suntuoso jogo de vela e revela com peças recortadas sobre túnicas inteiras bordadas - grande destaque da apresentação. Sem esquecer da psicodelia, que deu as caras em belas estampas. A parte final da apresentação ficou por conta das entradas das tops Aline Weber, Vivi Orth e Daiane Conterato desfilando vestidos que mais pareciam moisáicos com efeito plástificado em tons de rosa, vermelho preto e nude. Elegância e sensualidade caminhando lado a lado na medida exata. A volta de Netuno ao signo de peixes, o fundo do mar e o amor universal inspiraram a coleção da grife. Nesta temporada, a designer também volta seu olhar para a psicodelia e a efervescência cultural do final dos anos 60 e começo dos 70. Gloria também mescla a este cenário personagens como os X-Men, para criar roupas de pegada futurista, remetendo a armaduras de proteção. Lindos os costumes, vestes e calças em couro com recortes vazados sobre vestes com ricas texturas e brilhos. Pontos também para a série de vestidos, lisos ou com desenhos gráficos, de efeito plastificado e outros em recortes sobrepostos com leve movimento. Nos materiais, um mix de lã fria, tafetá, couro, sedas pesadas, náilon com pedrarias, tule com cristais e organza com paetês e metais em cores como preto, cinza, gelo, rosa, pele, roxo, verde- fluo, laranja e off-white. Os acessórios, como cintos e pulseiras de tachas bordadas com cristais e os vestidos de armaduras em faixas de couro nude sobrepostos a vestes em cores fortes.
3) Mario Queiroz: a marca volta às passarelas do SPFW, trazendo nesta temporada peças femininas, além da tradicional linha masculina. O mote do próximo verão é a metrópole, vista sob uma ótica minimalista. Preto, branco, cinza, chumbo e metalizados formam a cartela de cores, numa referência às máquinas e aos primeiros anos do cinema. A linha feminina namora com o guarda-roupa masculino, sóbria e clássica, perfumada pelos anos 30. Destaque para os casacos/blusas amplos e confortáveis, com calças mais próximas ao corpo. Para os homens, uma camisaria e alfaiataria com apelo tradicional, com blazers em shapes democráticos, do micro ao mais amplo, passando pelo ajustado de fechamento com quatro botões, em tecidos que vão das tricolines aos jacquards com detalhe de flores, alguns inclusive com acabamentos de resina e banhos de prata. Macacões, para ele e ela, construídos por elegantes simulações de camisas com calças em risca de giz. Achei a coleção muito chique!
4) Huis Clos: assinada pela estilista Sara Kawasaki, é para lá de chique e sem exageros, com roupas construídas a partir de retângulos e losangos, carregando franjas e fechamentos de rebites metálicos, numa cartela de cores enxuta em azul-índigo, castanho, cinza e rosê. As formas são longas ou bem curtas, dirigindo o olhar para o volume de mangas e ombros. Extremamente bem executados, os grafismos remetem às estampas e são construídos por meio de recortes geométricos, em materiais como linho, cetim, náilon tecno e malha de algodão. Jás as calças, são leves, com volumes nos quadris e mais curtas. Pontos para os acessórisos em couro caramelo, como botas e unkle boots com elástico e saltos que acompanham a geometria das peças, além de colares feitos com franjas do próprio tecido da roupa.
5)
Osklen: a marca fez uma homenagem à cultura negra, à sua estética e influências. O tema de inspiração da coleção, intitulada Royal Black, foi trabalhado bem dentro da ótica da grife, com muita simplicidade e conforto, e mistura de tecidos rústicos e tecnológicos. Na verdade, uma alusão contemporânea às baianas, pescadores e capoeiristas. Nos shapes, a alfaiataria é a palavra-cave, com muitas formas soltas e arredondadas nas costas, inclusive revelando a pele. Ponto para as peças em tricô mescla e fios de metal, inclusive com tramas abertas, e para outras roupas mais estruturadas e impecáveis, em ráfia e palha de seda. Bonito também a estamparia de imagens de flores geométricas, coqueiros e outras mais coloridas e de ar futurista, com bordados de paêtes, quadrados e metalizados. Na cartela de cores, muitos tons de cru, pontuados por preto e dourado
6)
Colcci: mais madura a marca que tem Adriana Zucco e Jeziel Moraes no comando apresentou uma coleção rica em alfaiataria e, claro, denim. As peças passearam entre os anos 1960 - com pontuais minivestidos de corte reto - e 1970. O foco permaneceu na última década e suas flares, pantacourts, e máxipantalonas. Os tons quentes, como vermelho, rosa e laranja, dominaram calças, macacões e tops amplos criando curiosos jogos de proporções. Foi com Alessandra Ambrosio vestindo body laranja sob jaqueta marinho e Ashton Kutcher numa camisa navy de manga longa que começou o desfile. Na parada em frente ao pit dos fotógrafos, o ator reverenciou a modelo e saiu de cena, sentando na primeira fila. Em seguida, com um microvestido laranja com sapatos roxos, a
angel da
Victoria's Secret Candice Swanepoel fez a segunda entrada do desfile. Ao fundo, o cenário reproduzia um Pão de Açúcar em neon. Na coleção, o colorblocking se misturou com listras navy e jeans em que o padrão dominante foi o sem lavagem. Embalada pela Era Disco, a grife mostrou na passarela o que faz de melhor: um
jeanswear despojado, com short de cintura alta e bainhas desfiadas. Além de calças com bocas largas e macacões com pantalonas. Bonito também as peças, como tops e bodys, em tricôs listrados de cores vibrantes. Já para os meninos, a marca apostou numa alfaiataria bem resolvida, em denim e tecidos que vão dos mais tradicionais até os tecnológicos de efeito empapelado. Nas formas, blazers democráticos, do mais curto ao amplo e volumoso com recortes nas costas, com calças mais secas ou bermudas confortáveis. Nas cores, muito azul, laranja, rosa, vermelho, amarelo e branco.
O terceiro dia teve muita coisa interessante para a mulherada arrasar no próximo verão! Além disso, as beldades internacionais foram um show à parte, principalmente, o "tudo de bom e mais um pouco" Ashton Kutcher, rs!
Por hoje é só!
Beijokas,
Raquel